Poucas
coisas possuem tanto poder de unir pessoas quanto o futebol. Difícil de
mensurar ou conceituar (o que no fim seriam apenas palavras), contudo de
percepção fácil.
É
uma espécie de linha social, que a todos une. Apesar das rivalidades, apesar
das diferenças. A empatia aqui une. É fácil se colocar numa situação trágica, se
permitir querer uma situação de glória, um grito de gol.
Ali,
naqueles segundos, todos se unem. Todos são um, e todos os ódios e diferenças
mundanas, naquela pequena fração da história, se esvaem; naqueles segundos,
sobre o concreto, o mundo é um lugar belo.
Aliás,
dois termos seriam capazes de, de certo modo, definir o futebol: cotidiano e
empatia. A camisa na rua, os amigos da firma que fazem apostas a cada rodada, a
reclamação quando você quer ver o jogo quando querem ver a novela, ou
simplesmente as ruas em dia de jogo. A todos une, pois é sempre presente, até
os que ousam dizer dele não gostar.
Então,
como não se ver refletido na dor que se passa em Chapecó? Como não nos imaginar
guardando as lágrimas em nossos escudos? Como não se deixar abater?
Essa
linha, que a todos une, é a paixão. Tão difícil de conceituar quanto fácil se
perceber. Até por que, o que é um conceito senão uma convenção, e a paixão
senão uma verdade?
Num
dia cinza como esse, é de fazer chorar imaginar que não veremos Bruno Rangel,
que não veremos o que seria a Chapecoense depois da sula. Que aquele jogador sempre especulado no seu clube não mais o será. De que uma família esperava três pontos numa mala, recebeu dor. Que uma cidade inteira teve parte importante de seu cotidiano arrebatada. Porém, isso ainda não
é a empatia que falamos.
A
verdadeira tristeza, aquela que corta fundo a carne, é de imaginar que a partir
da madrugada de hoje, cada alegria da Chape será mais comedida. Que os momentos
bons sempre os trará uma alegria de certo modo triste. De que os heróis de uma
cidade agora serão lembranças. De que amanhã a criança não mais gritará gol, ou
de que aquele tio das sociais não estourará os tímpanos de quem por perto
estiver.
Isso
por que a paixão pelo futebol nos une, pois é social, é coletiva e é,
sobretudo, espiritual.
Hoje,
a corrente que nos une, e que a todos à nossa volta atinge (por mais que,
inocentemente, digam não querer), estremeceu. A todos atingiu. Nos abriu
chagas.
Mas
não se partirá.
Permanecerá
lá e, como sempre costuma fazer (por mais que possa não parecer), nos unirá.
Hoje,
a tristeza é verde. Amanhã, toda a alegria que tivermos também deverá ser. É
nossa obrigação.
O
futebol, esse amálgama.
Força,
Chape!
Belíssimas palavras meu caro!!!
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